Palácio do Planalto em Brasília - DF : Aqui é a sede da chefia do poder executivo no Brasil
Para muitos, quando se fala em ciência política, vem logo a cabeça palavras - chave como eleições, candidatos, corrupção, etc.
Segundo o Doutor em ciência política pela Universidade de Columbia, e professor da UFMG, o boliviano Antonio Mitre, a ciência política, ou melhor, a própria política é vista por grande parte da sociedade como sendo suja, poluída, corrupta e corrompida, no strictu sensu da palavra. A camada governamental ou estatal é vista com desprezo e comentada de forma depreciativa pela maioria das pessoas.
Mas ciência política é realmente só essas palavras? corrupção, roubo, mentiras?
Não, muito pelo contrário. Ciência Política é mais uma das Ciências Autônomas que compõem o campo das ciências sociais. Ela tenta explicar não só fenômenos como corrupção, desvio de verbas, mentiras e descumprimento dos compromissos com o povo mas também tudo que cerca esse grande setor da maioria, senão todas, as organizações humanas, como o processo eleitoral, as formas de se chegar ao poder e nele se manter, os mecanismos coercitivos que funcionam como entes que estabelecem e mantém a autoridade do governante. Por que obedece-se às leis criadas pela câmara de deputados por exemplo? Por trás disso, não existe apenas o respeito e o medo da autoridade do próprio deputado. O que ocorre que a política hoje cria formas de imposição de normas e regras. Isso também é foco de estudo da ciência política.
Enfim, ciência política é um ramo das ciências bem mais amplo do que se acredita ser, devendo ser de todo e qualquer cidadão a obrigação de possuir conhecimentos mínimos sobre ela para que o mesmo possa exigir a melhoria da sociedade, a partir de criação de leis, investimentos e distribuição de renda.
FHC sancionando lei no Senado. Foto de 1999. O conhecimento dos acontecimentos políticos é muito importante para que possamos cobrar de nossos representantes o que precisamos.
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